O mês de setembro é um mês carregado
da alegria da primavera para algumas regiões do nosso querido Brasil, e como
centro das atenções, nas comunidades de base, a Bíblia.
A Bíblia é o livro nosso de todo dia. Uma
das marcas mais significativas das nossas comunidades tem sido a recuperação da
Bíblia como o livro da caminhada, da promessa, daquele prescrito por nossos
antepassados. São inúmeras as iniciativas para que a Palavra seja conhecida, os
grupos de rua e de base. Mesmo assim, é importante dedicar o mês de setembro,
para intensificar o estudo e a celebração da Palavra de Deus, da Escritura
Sagrada. É como se a primavera aflorasse os corações daquelas e daqueles que amam
a Bíblia, e que dedica seu tempo ao estudo intensivo da santa palavra de Deus.
O mês da Bíblia surgiu em 1971, por ocasião
dos 50 anos da Arquidiocese de Belo Horizonte, juntamente com o Serviço de
Animação Bíblica/Paulinas (SAB/Paulinas), sendo posteriormente assumido como um
projeto de Evangelização, pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB),
abrangendo o âmbito nacional e também outros países da América Latina.
Cada ano é escolhido para o aprofundamento,
um tema ou um livro Bíblico, tendo presente a Campanha da Fraternidade ou algum
evento relevante para a caminhada da Igreja.
Neste ano de 2011, a proposta é o estudo de
alguns capítulos do Êxodo, a saber, Ex 15,22-18,27, tendo presente o Itinerário
da Missão Continental, nessa caminhada de seguimento como discípulos
(as) missionários (as) e o aprofundamento sobre a Iniciação à Vida
Cristã. O tema é: Travessia: passo a passo, o caminho se faz e o lema é:
Aproximai-vos da presença do Senhor – Ex 16,9.
O Êxodo é um dos eventos fundantes de Israel
e fundamental para a fé bíblica. É um acontecimento que perpassa a Bíblia e que
nos indica, a cada momento, a ação libertadora de Deus, em favor do seu povo e
a certeza de sua presença constante, nos inúmeros êxodos da nossa vida, esses
êxodos, o nosso povo sente na pele ate esses nosso dias, a falta de organização
publica, a falta de compromisso com os pobres e com os jovens destinados ao
serviço do narcotráfico. Portanto, estudá-lo é retornar às nossas origens, é
reafirmar em nosso interior a fé num Deus que conhece e escuta o clamor do
povo, vê sua aflição e desce para libertá-lo, e neste espírito de conhecimento
da grandiosidade do amor de Deus que podemos observar nossa relação com ele
hoje.
Esperamos que você, sua família e a
comunidade possam percorrer essa aventura e continuar abraçando, com maior
garra, esse processo de adesão ao projeto de Deus-Trindade. E assim, enfrentar
criativamente os desafios e, com generosidade e perseverança, ser sementes
proféticas de transformação.
Estamos em setembro, e no Brasil e em nosso
diocese, já é uma tradição que este mês seja lembrado como o “Mês da
Bíblia”. Setembro foi escolhido pelos Bispos do Brasil como o mês da
Bíblia, em razão da festa de São Jerônimo, celebrada no dia 30. São
Jerônimo, que viveu entre 340 e 420, foi o secretário do papa Dâmaso e por ele
encarregado de revisar a tradução latina da Sagrada
Escritura. Essa versão latina feita por São Jerônimo recebeu o nome de Vulgata,
que, em latim, significa popular e o seu trabalho é referência nas
traduções da Bíblia até os nossos dias.
Ao celebrar o mês da Bíblia, a Igreja nos
convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la, cada
vez mais, e a fazer dela, cada dia, uma leitura meditada e rezada. É
essencial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar
solidamente firmado em Cristo e poder testemunhá-lo no mundo presente, tão
necessitado de sua presença. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus
Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos e missionários de
Jesus Cristo é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da
Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a
nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DA 247).
A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis
nos comunicar em relação a nossa salvação. Jesus é o centro e o
coração da Bíblia. Em Jesus se cumprem todas as promessas feitas no
Antigo Testamento para o Povo de Deus.
Ao lê-la, não devemos nos esquecer que
Cristo é o ápice da revelação de Deus. Ele é a Palavra viva de Deus. Toda a
palavra da Sagrada Escritura tem seu sentido definitivo Nele, porque é no
mistério de sua morte e ressurreição que o plano de Deus para a
nossa salvação se cumpre plenamente.
Demos graças a Deus pelo serviço dos nossos
grupos de rua que em nossa Diocese de Balsas fazem um papel fundamental na vida
eclesial e no aprofundamento no que diz a respeito das sagradas obras escritas
falando do projeto de Deus para conosco!
“Com a palavra
de Deus saberemos por onde andar, ela é luz e verdade, precisamos acreditar”
Marcos
Johnny, seminarista