sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Quem foi Dom Franco Masserdotti?


DOM FRANCO: FÉ E AMOR AO PRÓXIMO
 A Igreja Católica do Brasil, os pobres e excluídos, os povos indígenas, os camponeses que lutam pela vida e pela preservação do meio ambiente, ainda estão com os corações sofridos. A partida de Dom Franco Masserdotti, causou um profundo pesar nos cristãos maranhenses, brasileiros e especialmente no Povo de Deus da Diocese de Balsas, onde ele era o bispo, o pastor, o irmão, o conselheiro, o mensageiro do amor, da paz e da justiça. Era um homem iluminado que dedicava a sua vida à luta em defesa dos direitos e da dignidade dos seus irmãos e bem presente com os povos indígenas. As suas celebrações tocavam as ilimitadas reservas do espírito do coração de todos os que o assistiam pela fé expressada a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo e à Mãe de Jesus Cristo, lembrando sempre que a vida é um Dom de Deus.


PRESIDIA O CONSELHO INDIGENISTA
 Dom Franco Masserdotti era italiano de nascimento, mas brasileiro, maranhense e balsense pelo amor que dedicava e recebia de todos. Como presidente do Conselho Indigenista Missionário – CIMI se constituía, com os padres combonianos, com quem teve a sua formação religiosa, em lutador determinado, e em muitas ocasiões até colocando a vida em risco para defender os povos indígenas sempre ameaçados por grileiros, latifundiários e por instituição dos Poderes Constituídos. No evento de comemoração dos 500 anos de descobrimento do Brasil, ele enfrentou policiais que agrediram índios covardemente na Bahia.


A LUTA PELA VIDA
Certa vez no boletim Nossa Pastoral da diocese de Balsas  Dom Franco Masserdotti escreveu: VOCAÇÃO, PAIXÃO PELA VIDA: “Não se pode falar em vocação sem falar da Vida. A vocação se expressa como Serviço Apaixonado pela Vida. O primeiro servidor apaixonado pela vida foi Jesus. Ele, ao longo de sua vida e de sua missão, buscou preparar para todos, sobretudo para os pobres, a Festa da Vida”.


GRITOS DOS POVOS DO CERRADO
Em julho de 2004, o Grito dos Povos Contra a Destruição do Cerrado, realizado no Seminário Internacional Bioma Cerrado, na cidade de Balsas, reuniu homens e mulheres sofridos, ambientalistas, dirigentes de entidades de diversos pontos do país, escritores brasileiros e estrangeiros para uma reflexão sobre a situação, o descaso e a destruição do cerrado nas regiões do Maranhão, Piauí, Tocantins e Ceará. Dom Franco Masserdotti, naquela ocasião disse: “É necessária uma conversão ecológica que leve a uma nova compreensão da vida e da natureza por parte das pessoas e uma transformação das estruturas sócio-econômicas que, além de destruir, manipular e saquear a natureza para aumentar o lucro, impõe terríveis condições de vida para a maioria da população mundial e enfraquece o planeta para as futuras gerações.”

OS ÍNDIOS E NATUREZA
No mesmo Seminário Dom Franco  registrou o trabalho que vem sendo realizado pelo Conselho Indigenista Missionário – CIMI no Maranhão e no Brasil e salientou: “Os Índios nos ensinam um relacionamento sereno com a natureza e o respeito pelo equilíbrio da criação. Eles se sentem parte da criação. Através de seus mitos, revelam a crença de que os seres humanos e os demais viventes formam uma única corrente sagrada de vida que exige solidariedade e gratidão para com todos os seres, e a valorização não violenta da natureza”.
Diocese de Balsas, eternamente grata a Dom Franco Masserdotti.




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